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Na capa: Jeny Nelly, a brasileira no mundo fashion das influencers

A brasileira que nasceu no estado de Santa Catarina conta como está dominando o mundo dos influenciadores da moda na Europa. Jeny diz à revista VAM: "Trabalho como influenciadora de moda há três anos e meio, e me sinto muito mais realizada quando posso criar histórias que ajudam e inspiram as pessoas". Leia a entrevista com Jeny Nelly para o Brasil, e saiba o que está brilhando na moda europeia. Clique e leia a entrevista.

1. Jeny obrigado por estar novamente na VAM Magazine! A primeira vez que nos encontramos foi em Paris e Milão para às Fashion Weeks, e agora para falarmos especificamente sobre a sua história. Quero saber quem é Jeny Nelly hoje? E qual o seu maior sonho?

Sou de Santa Catarina, no Brasil, foi na cidade de Blumenau que nasci. Moro atualmente na Alemanha faz 10 anos. Já morei por 6 anos na Australia também - em Melbourne, onde estudei e trabalhei com moda e Visual Merchandising. Estou trabalhando como Fashion Influencer há três anos e meio, e me sinto bem mais realizada quando consigo criar histórias que ajudam e inspiram as pessoas.

Meu maior sonho? Hoje trabalhamos em um ramo em que Fashion Influencers brigam por um espaço limitado de atenção, o que satura nosso espaço. Mas isso não me intimida nem me desanima. É algo que me motiva a continuar - inovando sempre e encontrando novas formas de me conectar com o público e ser reconhecida no Brasil. No momento eu estava focando somente na minha carreira aqui fora.


2. Com quantos anos resolveu que a sua vida mudaria? E como aconteceu essa mudança?

Já trabalho há anos como Fashion Stylist, mas sempre trabalhei por trás das câmeras, e em 2019 decidi me jogar para a frente delas onde aprendi muito a meu respeito, encontrei a minha personalidade na Moda. O segredo para essa mudança foi não pular processos, nunca passar por cima de ninguém, ter humildade e determinação.


3. Na sua carreira como influenciadora de moda, qual o momento que marcou na sua memória?

Vou dizer que foi essa última temporada de Milano Fashion Week (Outono Inverno 2023) porque tive a comprovação de que estou no caminho certo. Vejo que o meu trabalho está sendo reconhecido pelas marcas, e isso só me dá mais garra para continuar, porque não é um caminho fácil, nesse ramo existe muita competição e sabotagem (infelizmente).


4. Para você qual é a capital da moda no mundo?

A fama de Paris ser a capital da moda começou há muitos anos. Isso porque, o setor têxtil recebe incentivos desde o século XVII. Ainda mais com a rainha Maria Antonieta em meados de 1700, adepta de ter roupas novas com frequência, passou a ter uma costureira real para criar seus looks. E foi assim que a moda foi ficando cada vez mais forte em Paris, sendo conhecida mundialmente como a capital da moda. Milão passou a ter mais destaque no setor têxtil após o término da Segunda Guerra Mundial. O pós guerra, foi a virada de chave onde todo o mundo pode conhecer produtos de qualidade e refinamento produzidas pelos italianos. Aumentando assim a reputação da moda italiana. E em 1958 foi inaugurada a famosa ‘Camera Nazionalle della Moda’. Portanto, ambas são de grande influência quando o assunto é moda de qualidade e tendências.


5. Perrengue chique: Qual o seu, Jeny?

Me lembro até hoje! Foi em fevereiro de 2020. Tinha um desfile super importante para ir, do calendário oficial de Milão. Eu estava pronta com duas horas de antecedência. Com isso, me distrai nas redes sociais e quando fui ver faltavam apenas trinta minutos para o show começar e eu estava a uns vinte minutos de distância de carro. Quando fui tentar chamar um taxi, não tinha nenhum livre, e o trânsito estava simplesmente parado no local do desfile. Então resolvi pegar o metro que vi que daria tempo, mas eu estava tão nervosa que peguei o metro para o sentido errado, andei tipo duas estações para trás. A sorte que ‘me dei conta’, desci do metro, tirei o salto alto (sim, fiquei descalça - risos) para conseguir correr para o outro lado da plataforma. O desfile era do lado da famosa catedral DUOMO. Desci na estação Duomo (ainda descalça), corri até a porta do desfile com o salto nas mãos. Enquanto as meninas checavam meu nome na lista eu coloquei o salto e entrei plena como se nada tivesse acontecido antes de eu chegar. Nunca irei me esquecer dessa cena.


6. Quais são as 5 tendências que está vendo crescer na Europa?

Metalizados, peças em 3D, jeans com jeans, looks utilitários e franjas.

Vitor Zerbinato

7. Paris Fashion Week, Milano FW, NY.. Quais marcas te apoiaram? E o que muitas pessoas querem descobrir! Quanto custa estar nas semanas de moda?

As marcas que sempre estiveram e estão comigo são: Vitor Zerbinato (Brasil), Rebekka Ruetz (Austria), Kilian Kerner (Alemanha), Swissline.Skincare (Suiça) e claro a minha parceira na minha coleção de uma cápsula de 36 peças entre street style, gym wear e beach wear - LAS GRINGAS (marca sustentável brasileira, based na Itália e Brasil).

Sobre quanto custa estar nas semanas de moda, isso vai muito de pessoa para pessoa. Aonde quer se hospedar, quantos dias ficará, quais marcas você quer investir, parcerias com marcas … enfim, o que posso dizer é: NÃO É IMPOSSÍVEL ter essa experiência. Basta ter determinação e ir atrás se for um sonho seu. Agora em ser convidado para um desfile não é tão simples assim. Hoje, depois muitos anos, muitas marcas que sou apaixonada me apoiam.

Designer ANTEPRIMA, IZUMI OGINO

8. E o que não pode faltar na sua bolsa?

Cartão de crédito, gloss para hidratar os lábios, e o meu telefone.


9. A Europa se inspira na Moda do Brasil? Em que?

Já faz séculos que os europeus são conhecidos pelas suas belas roupas. E a tendência para a moda no mundo todo tem sempre o início na Europa. Mas isso não quer dizer que a moda brasileira não tenha a sua identidade e potência.

A moda brasileira é um dos carros-chefes para a exposição positiva do país no mundo. O Brasil se destaca em diversos setores produtivos, têxtil, metais preciosos, do couro aos calçados.

Temos origens indígenas, africanas, portuguesas e a miscigenação é praticamente impossível de se mapear. É exatamente por esse motivo que o estilo brasileiro encanta o restante do mundo.


10. Jeny, qual influenciador sonhou conhecer e conheceu? E qual quer trabalhar?

Sempre quis conhecer a Influencer Leonie Hanne. Ela me inspira muito na dedicação e persistência dela. Gostaria de um dia poder trabalhar com a Malu Borges, outra Influencer que tenho a maior admiração. 7


11. Quais os planos para 2023?

Pretendo continuar criando meu conteúdo de moda, mostrando as tendencias europeias com dicas de styling e aflorar as minhas habilidades em vídeos. Isso tem me ajudado a perceber certos elementos da minha personalidade que também preciso mudar. Afinal a vida é uma escola, o que nos faz amadurecer com os nossos erros e acertos.

Terei o lançamento em breve da minha coleção Primavera Verão 23/24 com a marca Las Gringas aqui na Europa e consequentemente no Brasil. E claro, gostaria de trabalhar com marcas que estão começando para ajudá-las a ter mais visibilidade durante a semana de moda aqui na Europa.


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