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EXCLUSIVA: A cantora Lary lança o álbum “Só o que eu tô a fim”. Leia a entrevista:

Lary possui mais de 15 milhões de streams no Spotify, 30 milhões de views no Youtube e mais de 1 milhão de contas alcançadas no Instagram, acaba de lançar o seu primeiro álbum e está na capa da VAM Magazine de agosto.

Com quase 4,5 milhões de visualizações no Youtube, o hit “Salto 15”, que embalou cenas de Bibi Perigosa, personagem de Juliana Paes na novela "A força do querer", fez de Lary a nova aposta da música pop-funk brasileira. Formada em Engenharia de Produção pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a carioca batizada Laryssa Goulart, de 24 anos, chegou a estagiar na área de formação, mas acabou não conseguindo conciliar o trabalho com sua agenda de cantora.


Com referências musicais que vão da MPB ao funk, apesar de não se ver fazendo uma nova graduação no momento, a jovem cogita fazer faculdade de Música no futuro.

São 10 faixas totalmente autorais e colaborações de peso, como Gabriel O Pensador, Clau, LK 3030, Lourena e Chris MC, ela promete mostrar sua sonoridade e personalidade musical, que passeia entre o Pop, o Rap e o R&B. Como single principal, vem a track “Slow” que ganhou também um videoclipe cheio de atitude e dança. O primeiro disco da artista carrega a assinatura de diversos produtores; Paiva, responsável por 60% de toda a produção, Malak, produtor oficial do Poesia Acústica, Velho Beats, da Isso que é som de Rap, Lk 3030, que produziu e participou de um dos singles e o Nine, que assina a faixa preferida da cantora.


O nome do álbum acompanha o amadurecimento artístico da Lary, que após experimentar diferentes gêneros musicais, realizar projetos com grandes empresários e colaborar com importantes cantores, se descobriu como artista independente do R&B Pop, desbravando seu próprio espaço dentro da indústria musical. As letras das faixas falam sobre a força de correr atrás dos objetivos, empoderamento feminino, vulnerabilidades, lifestyle, curtição, além de muita sensualidade, marca registrada da cantora.


De forma inusitada, a cantora Lary anunciou, o nome do seu primeiro álbum da carreira, 'Só o Que Eu Tô Afim'. Através de uma tatuagem, a niteroiense encontrou uma maneira de eternizar o momento mais importante de toda a sua trajetória na música e, ao mesmo tempo, compartilhar com seus seguidores a primeira grande informação sobre o álbum, que vem sendo preparado desde o final de 2020.


"'Só o Que Eu Tô Afim' representa a escolha de parar de viver com base nas expectativas alheias. É sobre não fazer mais aquilo que nos fere ou desagrada simplesmente para agradar o outro. É uma questão de amor próprio, de entender o que me faz realmente bem e buscar a felicidade nesse processo, e não no que me disseram ser o certo. Resolvi tatuar essa frase pois, além de carregar tanto significado, marca na minha pele a realização de um sonho que é o de lançar o meu primeiro álbum", conta a cantora


O processo de composição do álbum se deu no início da pandemia da covid-19 e funcionou também como uma válvula de escape para a artista, que teve seus projetos afetados pelo novo cenário mundial. O resultado deste processo acabou sendo o mais importante de sua

carreira, já que surgiu após uma grande evolução profissional e pessoal. Para dar mais

sentido ao enredo do disco, Lary também preparou dois áudios denominados “áudio” e

“outro áudio” que funcionam como interlúdios, trazendo mensagens pessoais e

profundas.


Leia a exclusiva com a cantora Lary


VAM: Lary, do Karaokê à carreira profissional: Como foi esse processo? Relembre como a arte entrou na sua casa? Você cantava com a sua mãe no karaokê?

Meu amor pela música começou em casa, cantando no karaokê com minha mãe. Ela sempre me estimulou muito musicalmente e, apesar de não ter seguido o caminho da música, é artista plástica, então minha vida sempre steve rodeada de arte. Era muito legal quando saíamos pra barzinhos que tinham karaokê e eu, bem pequena, pedia pra cantar. Eu sempre surpreendia as pessoas pois cantava aquilo que via minha mãe cantando, então no meu repertório só tinha MPB (Marisa, Elis, Djavan, Caetano…). Eu ganhava prêmios, champanhes pros meus pais… Época boa, viu? hehe!


VAM: Formada em Engenharia de produção: Na universidade você já cantava? Era boa aluna? E o que não gostava dessa época?

A música na minha vida era apenas um hobby, quando decidi cursar Engenharia de Produção, na UFF (Universidade Federal Fluminense). Sempre curti a área de exatas e achava que ia seguir por esse caminho. Era ótima aluna, inclusive me formei em quatro anos e meio, 6 meses antes do previsto. No meio disso, alguns amigos músicos me chamavam para dar canja nos seus shows e foi numa dessas participações que senti que ali era o meu lugar. As pessoas estavam me aplaudindo e pedindo bis! Como assim? (risos). Nessa época, já no fim da faculdade, estava estagiando numa empresa atuando na administração de uma rede de lojas e confesso que eu não era feliz trabalhando ali. Foi quando decidi levar a música não mais como um hobby, mas como minha profissão mesmo. Tive total apoio da minha família, que sempre acreditou no meu sonho e hoje vivo fazendo o que mais amo!


VAM: “Trem bala” é o primeiro single do seu novo álbum, com estreia exclusiva no MTV Hits. A música fala sobre nos blindarmos daquilo que não nos faz bem. O que não te faz bem e te faz “atravessar a rua” ? Como cuida da sua saúde mental?

Trem Bala traz uma mensagem de empoderamento, fala sobre passar por obstáculos e correr atrás dos sonhos. Justamente por trazer essa mensagem de nos blindarmos do que não nos faz bem, escolhi pra ser o primeiro lançamento dessa nova era, chamada “só o que eu tô a fim”, meu primeiro álbum. É importante identificarmos, no nosso dia a dia, aquilo que nos fere, pra então entendemos como lidar com essas situações. Hoje não consigo mais estar numa roda de amigos onde existem falas preconceituosas. Não consigo ficar em cima do muro quando vejo um homem, conhecido ou não, sendo abusivo ou agressivo com uma mulher. Não consigo mais viver com base nas expectativas alheias, fazendo o que me desagrada só pra agradar o outro. Então muitas coisas hoje me fazem ainda “atravessar a rua”, e esse processo de atravessar, devo muito à terapia. é a forma como tenho cuidado da minha saúde mental, organizando meus pensamentos, me conhecendo mais, entendendo meus comportamentos. Isso tem me feito muito bem! Recomendo a todes!


VAM: O clipe de “Slow” caba de ser lançado no Youtube. Quais as suas três musicas favoritas? Qual emocionou mais você na hora de compor? E porquê?

É muito difícil eleger as três favoritas do álbum, pois ali cada uma tem um papel muito importante pra mim. Antes de definir a tracklist, eu tinha mais de 80 músicas escritas em post-its na minha parede. Então foi bem demorado o processo de seleção, e cheguei num resultado onde amo igualmente todas e trabalharia todas como single. Mas posso dizer que Slow, como é a música que vem como faixa principal do álbum, tem um espacinho ainda mais especial no meu coração! Uma música que me emocionou muito na hora de compor foi Nostalgia. Essa música fala sobre uma pessoa que morreu e uma relação que teve um fim inesperado, sem nem dar tempo de se despedir. Nunca vivi exatamente essa história, mas no processo de criação, me emocionei como se tivesse vivido.


VAM: Descreva para a VAM Magazine qual a sensação de ter um álbum com 12 músicas, e uma super produção audiovisual?

Olha, é uma sensação de colocar um filho no mundo. E a gestação foi longa, viu? Mais de um ano planejando com muito carinho e colocando toda minha energia nesse projeto. No dia anterior ao lançamento, eu só sabia chorar! E era aquele choro de emoção, misturada com alívio e muita, muuuuuita gratidão! Acho que pra um artista, o primeiro álbum representa uma grande virada de chave na carreira. É a nossa oportunidade de contar toda uma história através da nossa obra, é a consolidação de um trabalho de muito tempo. Muito tempo escolhendo o melhor repertório, que mostrasse várias facetas de mim; Muito tempo pensando em um enredo e conceito que ligassem todas as faixas; Muito tempo desenvolvendo a parte visual, e colocando mesmo a mão na massa pra fazer tudo acontecer; Muito tempo selecionando os profissionais que estariam envolvidos no projeto; Muito tempo escolhendo as melhores parcerias, que combinassem perfeitamente com as músicas…. Então ter esse álbum representa a realização de um grande sonho!



VAM: Clau e LK 3030 estão também fazendo parte desse lançamento. Como surgiu essa parceria?

Eu e o LK escrevemos juntos Mina Bandida em um Song Camp (encontro para composição) na Bahia em 2020 e a princípio não tinha objetivo de ser para o meu trabalho. Estavam conosco Bárbara Dias, Bruno Chelles e o DJ Paulo Beck. Assim que terminamos de escrever a letra, eu mesma gravei uma voz para o áudio guia e aí esse som não saiu mais da minha cabeça! foi quando decidi gravar para o meu trabalho.

Na seleção de repertório para o álbum, senti que “Mina Bandida” pedia, inicialmente, a colaboração com uma outra voz feminina e a primeira pessoa que me veio à cabeça foi a Clau. Somos amigas e já falávamos sobre lançar algo juntas. Esse som caiu como uma luva, combinando com o papo e a sonoridade de nós duas. De primeira ela topou e escreveu alguns versos para acrescentar na parte dela, que ficaram incríveis!

Pra deixar o som com mais atitude, misturando o R&B Pop com o Rap, resolvi convidar também o próprio LK, que já era responsável pela produção musical da música, pra colaborar na interpretação e ele somou com os versos finais, incrementando ao desfecho da música uma resposta masculina. Sua participação trouxe uma atmosfera diferente e envolvente.

Eu e o LK sempre tivemos o hábito de fazer música juntos. Além de Mapa Astral, temos outros sons no forno, tanto para o 3030 quando para o seu projeto solo. Então já temos uma certa afinidade musical há um tempo.


VAM: Mais de 15 milhões de streams no Spotify, 30 milhões de views no Youtube e mais de 1 milhão de contas alcançadas no Instagram. Como lida com a internet, fama, haters?

Sobre haters, me sinto até privilegiada. É muito difícil receber mensagens de ódio nas minhas redes. E olha que eu faço questão de estar sempre respondendo e lendo tudo. Tenho uma troca muito legal com quem me acompanha e isso cria uma relação linda de reciprocidade com os fãs. Mas confesso que é louco pensar nesses números. Apesar de serem muuuito importantes (pois significam que minha música está atingindo milhares de pessoas), tento não me apegar a eles, senão acabo virando refém dos algoritmos, sabe? Prefiro ter a certeza de que estou entregando algo de qualidade e que representa minha verdade artística, e jogar pro universo. Trabalhar com internet é muito divertido mas ao mesmo tempo, tóxico. É muita comparação o tempo todo, muitas falsas vidas perfeitas sendo mostradas, padrões sendo impostos. Tudo isso gera ansiedade, frustração e, muitas vezes, até depressão. Quando paramos um pouco para analisar, vemos que não estamos vivendo uma vida nem real, nem saudável. Então tenho trabalhado muito essas questões em mim.



O que descreve “Paz terrível” para Lary? Fale um pouco sobre o seu processo criativo de composição.

Paz Terrível é aquela paz que ninguém tira de você. Aquela paz que vc sente após cortar da sua vida aquilo que não te fazia bem. Aquela quando vc consegue se impor e dizer NÃO. Sabe? Escolhi essa música pra finalizar o álbum, pois, assim como Trem Bala e Só o que eu tô a fim, era traz uma mensagem muito forte. É como um grito de liberdade.

Sobre o meu processo criativo de composição, costumo dizer que não tenho um método específico ou um ritual pra compor. Hoje, depois de muito tempo de prática, consigo sentar e escrever uma música sobre o assunto que eu quiser. Antes precisava de momentos de inspiração… Mas quanto mais praticamos, mais natural se torna o processo. Gosto muito também de escrever com outras pessoas, isso me tira da zona de conforto e é sempre uma troca muito legal. Todo o meu álbum, com exceção dos interlúdios Áudio e Outro Áudio e Trem Bala (que são 100% minha autoria), todas as músicas foram escritas com parceiros que admiro.



VAM: Sonho fashion, todos temos! Qual o seu? E, o que é a moda para você?

Eu tenho muita vontade de cantar num desfile. Acho o máximo e amo essa mistura de música com moda! Moda pra mim é manifestação de arte e de personalidade! Adoro acompanhar tendencias, trabalho com duas stylists que sempre procuram trazer novidades pros meus trabalhos, me estimulam a ousar nos looks, e isso me faz sair totalmente da zona de conforto. Me sinto mais artista e mais imponente, a auto estima vai lá em cima e a confiança também!


VAM: Queremos spoiler da nova fase de carreira, podemos saber mais de tudo que está para vir?

Agora que o álbum está lançado, estou me permitindo curtir esse momento. Fico acompanhando a resposta do público sobre cada som, e tenho recebido muito carinho! Estou feliz demais. Desse álbum, além de Trem Bala, Mina Bandida, Crazy e Slow, ainda teremos mais singles e clipes. Estou muito animada com tudo isso! E claro, nunca paro de fazer música, estou sempre em estúdio, compondo pra mim e pra outros artistas, produzindo novos sons… Então talvez em breve já vou estar pensando num novo álbum! Quem sabe? haha!!!



Bate-bola

Música inesquecível? Bem que se quis - Marisa Monte

O que não gosta? Injustiça, intolerância e mentira

Qual a sua saudade? Infância, inocência…

Dica de beleza e cuidado com a saúde? Atividade física, boa alimentação, beber água e SER FELIZ sem culpa!

Crush famoso? Regé-Jean Page (De Bridgerton. QUE HOMEM!)

Mensagem especial nesse Dia dos Pais? Valorize quem te ama e está do seu lado. Curta cada momento e nunca deixe de de demonstrar o que sente! A vida é o agora!


Incrível como o talento e amor pela arte nasce com a gente, não é mesmo?! Se você gostou dessa entrevista, vai lá no Instagram @vammagazine e deixe a sua opinião e sugestão de capas na VAM Magazine. Obrigado por incentivar a arte!


Entrevista Editor Chefe, Antonnio Italiano.









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