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Estreia em fevereiro o espetáculo musical em homenagem aos 114 anos de Carmen Miranda

Montagens estreladas por Laila Garin e Renata Ricci resgatam o legado da atriz e cantora, que foi a primeira popstar brasileira

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Muito se fala da ascensão da cantora Anitta em terras norte-americanas, mas há algum tempo, outra “brasileira” já voava alto por lá, cravando seus pés e mãos em frente ao Grauman’s Chinese Theatre e sendo a única sul-americana (naturalizada) a ter seu nome na calçada da fama em Hollywood.

  • ANDERSON BUENO RELEMBRA TRAJETÓRIA DE CARMEN MIRANDA ATRAVÉS DA MAQUIAGEM E ASSINA VISAGISMO DE MUSICAL HOMÔNIMO

“Com seus 1,52m de altura, turbantes, brincos de argolas, babados, saltos plataformas, balangandãs, frutas na cabeça e muita maquiagem, ela se tornou um ícone influenciando a moda e cultura da época, tornando-se uma verdadeira popstar. Trata da pequena notável - Carmen Miranda, que foi a primeira brasileira naturalizada a lançar moda, inclusive nos Estados Unidos – o “Miranda Look” que foi adaptado e usado nas ruas em todo mundo ocidental e ainda hoje influencia muitos estilistas que nela buscam inspiração”, explica o makeup designer Anderson Bueno.


“Sua maquiagem sempre impecável, pele perfeita, boca bem marcada com vermelho intenso, olhos vibrantes, acentuados por longas pestanas (cílios postiços) e uma sobrancelha longa bem delineada, fazem parte deste look tão marcante que atravessa décadas. É possível perceber a mudança, mesmo que pequena no visual de Carmen, pré-Estados Unidos e pós-Estados Unidos”, destaca.


Às vésperas do aniversário de Carmen Miranda, no próximo dia 9 de fevereiro, onde completaria 114 anos, estreia nesta semana o espetáculo musical em sua homenagem, “Carmen – A Grande Pequena Notável”, agora no Teatro do SESI, em São Paulo, com entrada gratuita e visagismo assinado por Anderson Bueno.

“CARMEN MIRANDA FOI A PRIMEIRA BRASILEIRA NATURALIZADA A LANÇAR MODA, INCLUSIVE NOS ESTADOS UNIDOS”, DESTACA O MAQUIADOR

“Toda vez que me chamam para assinar um musical, sempre fico em êxtase, mas tenho que confessar que quando se trata de Carmen Miranda, é ainda mais especial. Quando Kleber Montanheiro me convidou, há cinco anos, para a primeira versão, foi uma loucura super deliciosa. Eu já havia feito alguns ensaios e experiências com o visual da cantora, sempre brincando, mas agora, era sério. Anos se passaram, eis que o espetáculo retorna, desta vez com Laila Garin como protagonista”, comenta Bueno.


Como criar uma maquiagem que traduza cada época, cada “personalidade” e principalmente não saia durante os 75 minutos de espetáculo. Lembrando que a atriz Laila Garin, praticamente não sai de cena. “Minha primeira tarefa foi afinar o rosto, mesmo ela (Laila) tendo um rosto oval como o de Carmen Miranda, ainda assim é diferente. Comecei limpando bem a pele e aplicando um primer que não só irá proteger a pele, mas também dará durabilidade para a maquiagem. O processo de caracterização é relativamente fácil, mas leva tempo e precisa de cuidados, em especial, utilizando produtos de alta performance e durabilidade, preferencialmente à prova d’água”, explica o maquiador.

Retornando ao cenário cinematográfico, após o segundo filme, “Aconteceu em Havana” (1941), é possível perceber como Carmen começa a mudar sua estrutura facial, afinando queixo e nariz através de cirurgias plásticas e claro, usando técnicas de maquiagens, dadas pelos makeup artist da época como Ben Nye e Bud Westmore para deixar seu visual ainda mais glamoroso.


Carmen nasceu em Marco de Canavezes, em Portugal, com o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha, mas desembarcou em terras tupiniquins aos 10 meses de nascida. A artista foi criada no Rio de Janeiro, no bairro da Lapa. Estudou em colégio de freiras e aos 15 anos largou os estudos e começou a trabalhar na La Femme Chic, uma confecção de chapéus, localizada no centro da cidade maravilhosa, onde estudou moda e aprendeu a costurar, pegando o gosto pelos turbantes, que viraram sua marca registrada.


Sonhando em ser atriz e cantora, nas horas vagas, cantava e dançava para animar pequenas festas. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros que logo a levou para se apresentar em teatros e clubes.


Estreou como cantora na Rádio Sociedade. Gravou seu primeiro disco com as músicas “Triste Jandaia” e “Iaiá, Ioiô”. Seu grande sucesso veio com a marcha-canção “Pra Você Gostar de Mim” (1930), que ficou conhecida por “Tai”, que foi recorde de vendas.

No dia 30 de outubro do mesmo ano, Carmen Miranda já estava fazendo sua primeira turnê internacional em Buenos Aires, na Argentina. Em 1933, foi a primeira mulher a assinar um contrato com uma rádio. Entre 1933 e 1938, retornou à Argentina mais oito vezes.


Carmen lançou outros discos e se transformou na principal estrela do Cassino da Urca no Rio de Janeiro. As apresentações no cassino funcionavam como passaporte para ingressar no mercado cinematográfico. Ela se tornou uma das artistas mais consagradas de seu tempo e fez da baiana um símbolo nacional. Ainda em 1939, em uma temporada no Cassino da Urca, Carmen foi contratada pelo magnata do show business, Lee Shubert, para ser uma de suas atrações no show “The Streets of Paris”, que estreou na Broadway.


O sucesso das apresentações projetou Carmen nos Estados Unidos. No ano seguinte, a cantora se apresentou na Casa Branca em uma festa para o presidente Franklin Roosevelt, pelo seu sétimo ano na presidência dos Estados Unidos. Em 1940, Carmen estreou nos Estados Unidos com o filme “Serenata Tropical”. No dia 24 de março de 1941, foi a primeira sul-americana (naturalizada) a receber uma estrela na calçada da fama em Hollywood.

Carmen Miranda fez um total de 14 filmes nos Estados Unidos e seis filmes no Brasil, entre eles: “Alô, Alô Carnaval” (1936), “Uma Noite no Rio” (1941), “Aconteceu em Havana” (1941), “Minha Secretária Brasileira” (1942) e “Serenata Boêmia” (1947).


Passados 15 anos nos Estados Unidos, consagrada internacionalmente, Carmen retornou ao Brasil, em 1954, para rever a família e tratar da saúde. Depois, já recuperada, volta para Hollywood e apresenta-se no programa do comediante Jimmy Durante.


Enquanto cantava e dançava, sentiu-se mal ao vivo, uma leve falta de ar, mas foi logo amparada e terminou sua apresentação. De volta para casa em Los Angeles, foi para seu quarto e na manhã do dia seguinte foi encontrada morta, vítima de um ataque cardíaco. Carmen Miranda faleceu aos 46 anos, em Beverly Hills, Estados Unidos, no dia 5 de agosto de 1955.

Carmen Miranda

CARMEN - A GRANDE PEQUENA NOTÁVEL

  • Quando 26/1 a 12/2 (qui. a sáb às 20h, dom. às 19h)

  • Onde Teatro do Sesi (av. Paulista, 1313 - Bela Vista)

  • Telefone 11 3322-0050

  • Preço Grátis (reservas disponíveis sempre pelo site MeuSESI)

  • Classificação Livre - recomendado para crianças a partir de 5 anos

  • Autor Heloísa Seixas e Julia Romeu

  • Elenco Laila Garin, Daniela Cury, Gustavo Rezende, Luciana Ramanzini, Jonathas Joba, Júlia Sanches e Roma Oliveira

  • Direção Kleber Montanheiro

  • Link: https://www.sesisp.org.br/eventos

  • Acessibilidade




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