Roberta Gomes da Silva, de 41 anos, nasceu em São Paulo, mas foi criada pelos avós na Bahia. Morava no interior, onde não existia energia elétrica e só teve uma televisão aos 12 anos de idade. Hoje, empreendedora, é um dos grandes nomes do segmento de cosméticos.
“Luz era só da lua. Vim para São Paulo com 17 anos, morei algum tempo com uns tios e logo passei a morar sozinha. Nesse período, tive meu primeiro contato com o telemarketing. Fui vendedora por 12 anos, mas minha vontade de empreender existe desde que me entendo por gente”, disse Roberta.
Apesar de morar em condições precárias e enfrentar certas privações, Roberta conta que foi muito bem educada e sempre teve muita força de caráter e vontade.
“Minha fé e coragem são meu ponto forte. Eu sou destemida, mas muitas vezes sozinha tive medo, porém, vou com medo mesmo. Mesmo tendo vontade de empreender, por falta de dinheiro nunca consegui”, contou.
Aos 35 anos, ela foi diagnosticada com câncer de estômago maligno.
“Foi um momento muito difícil. Não é fácil ouvir o médico dizer que em dois meses tudo pode se perder. Mas eu não desisti. Eu sabia que a cura só dependia de mim, e quando saí do consultório eu disse para mim mesma que eu não morreria. E eu não morri”.
Segundo Roberta, foi durante esse período difícil que ela resolveu empreender com a ajuda do marido, que tinha guardado 19 mil reais.
“Abri a Biessence e inicialmente era uma empresa de cosméticos, mas em seguida veio a pandemia e cosméticos não iriam seguir adiante. Fiquei pensando no que as pessoas fariam em casa e daí tive a ideia de criar o Maxviril, que antes era Virillimax”, disse Roberta, que completou:
“Após 4 anos de empresa, a Biessence cresceu, cresci muito na pandemia. E hoje Maxviril virou um produto e marca de sucesso. Temos 90 funcionários atualmente, estamos com um faturamento anual de 30 milhões. Gosto de desafios e resolvi alçar novos voos. Agora está vindo a Florim, que significa florescer. E isso foi o que aconteceu comigo.
Diante de todas as dificuldades, sempre floresci. Ela surgiu da cabeça de uma mulher que teve que florescer em muitas dificuldades.
Floresceu a uma adolescência sem os pais, na roça, sem energia elétrica, acesso à educação, terra seca e privações. Surgiu da mulher que teve que florescer quando descobriu um câncer maligno aos 35 anos e depois de muitas lutas se curou”.
Roberta afirma que a Florim existe para pessoas reais, que precisam enfrentar tantos desafios, mas no final florescem e crescem.
“Eu desejo que tudo que você semear vire Florim”.
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