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Dra. Talita Rodrigues fala sobre pressão estética e busca clientes que querem se parecer com filtro

A Dra. cuida de artistas como Pocah, Valesca Popozuda, Rodriguinho e Andressa Urach entre outros

Nos últimos 2 anos, 2020 e 2021, a procura por harmonização facial dobrou, comparado aos outros anos. A Dra Talita conta que foi devido a dois fatores: o primeiro é que as pessoas começaram a fazer muitas lives, selfies e também com o uso de máscaras teve bastante procura de tratamentos na região dos olhos, pois era a parte do rosto que mais ficava em evidência.


O segundo é que as pessoas passaram a usar menos maquiagem, e com isso começaram a fazer uso diário dos filtros do Instagram. A Dra. conta que os pacientes chegavam até ela inclusive com a foto impressa do filtro.

“Alguns pacientes salvam a foto, imprimem e me pedem para deixá-los igual ao filtro, eu explico que é impossível, não existe a pele perfeita, aquilo é ilusório, não tem como afinar um nariz daquela forma, nem como deixar a boca igual ao filtro, a harmonização deve ser feita proporcional ao rosto de cada um, é feito um estudo individual de cada paciente, conseguimos um ótimo resultado, mas nunca igual ao filtro, sempre tento mostrar para essas pessoas o quanto elas são lindas do jeitinho que são.”


Segundo a USP (Universidade de São Paulo), o Brasil é líder mundial no ranking de cirurgias plásticas em jovens. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), dos quase 1,5 milhão de procedimentos estéticos feitos em 2016, 97 mil (6,6%) foram realizados em pessoas com até 18 anos de idade. Entre as justificativas para o quadro está a insatisfação com a própria imagem e, segundo o psicólogo Michel da Matta Simões, pesquisador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, boa parte é motivada por demandas sociais “que exigem dessas pessoas mais do que elas podem ou se sentem capazes de oferecer”.

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