Levantamento apontou que mais da metade das pessoas no mundo desconfia que refugiados migram em busca de assistencialismo
No próximo dia 20 de junho comemora-se mundialmente o Dia do Refugiado e a Ipsos realizou uma pesquisa com 28 nações para avaliar como esse grupo é visto pela sociedade. No Brasil, 78% dos entrevistados concordam que, para fugir de guerras e perseguições, pessoas devem poder buscar refúgio em outros países, inclusive em terras brasileiras. Por outro lado, 16% discordam e 6% não souberam responder.
Empatado com a Holanda (78%), o Brasil é o terceiro país que mais apoia a recepção de refugiados, atrás apenas da Argentina e da Itália (ambas com 79%). Globalmente, o percentual que concorda que pessoas em situação de perigo devem poder refugiar-se em outros países é de 70%. Os países com menor endosso ao acolhimento de refugiados são Coreia do Sul (51%), Arábia Saudita (63%), Hungria (63%) e China (63%).
Apesar de os brasileiros apresentarem um alto índice de apoio aos refugiados, 42% dos respondentes no Brasil acham que, no momento atual, as fronteiras do país deveriam ser totalmente fechadas para pessoas refugiadas. 52% discordam e 6% não souberam responder.
Entre as 28 nações analisadas, as que mais acreditam que as fronteiras de seu país deveriam ser fechadas no momento atual são a Malásia (82%), a Turquia (75%) e a Índia (69%). Em contrapartida, poloneses (34%), japoneses (38%) e estadunidenses (41%) são os que menos concordam com o fechamento de fronteiras. A média global é de 50% de concordância.
Desconfiança
Globalmente, 6 em cada 10 entrevistados acreditam que a maioria dos estrangeiros que desejam ingressar em seu país como refugiados não são realmente refugiados, e sim pessoas que querem entrar por razões econômicas ou para tirar vantagem dos serviços de assistencialismo oferecidos pelo governo.
As nações que mais desconfiam das intenções dos refugiados são a Turquia (81%), a Malásia (76%) e a Rússia (75%). Por outro lado, nos Estados Unidos (49%), Japão (50%) e Canadá (52%), o índice de desconfiança é mais baixo. No Brasil, o percentual de respondentes que acha que as pessoas desejam entrar no país por interesses escusos é de 53%.
Além disso, 3 em cada 10 brasileiros (31%) acham que o governo do Brasil deveria diminuir os gastos de apoio aos refugiados em decorrência da crise de Covid-19. 18% acham que os gastos deveriam aumentar, 38% acreditam que deveriam se manter os mesmos de antes da crise sanitária mundial e 13% não responderam. Na média global, 37% dos entrevistados creem que seus países deveriam diminuir os gastos com pessoas refugiadas.
A pesquisa on-line foi realizada em 28 países com 19.510 entrevistados – sendo mil brasileiros – com idades entre 16 e 74 anos. Os dados foram colhidos entre os dias 21 de maio e 04 de junho de 2021 e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
Sobre a Ipsos
A Ipsos é uma empresa de pesquisa de mercado independente, presente em 90 mercados. A companhia, que tem globalmente mais de 5.000 clientes e 18.130 colaboradores, entrega dados e análises sobre pessoas, mercados, marcas e sociedades para facilitar a tomada de decisão das empresas e das organizações. Maior empresa de pesquisa eleitoral do mundo, a Ipsos atua ainda nas áreas de marketing, comunicação, mídia, customer experience, engajamento de colaboradores e opinião pública. Os pesquisadores da Ipsos avaliam o potencial do mercado e interpretam as tendências. Desenvolvem e constroem marcas, ajudam os clientes a construírem relacionamento de longo prazo com seus parceiros, testam publicidade e medem a opinião pública ao redor do mundo. Para mais informações, acesse: www.ipsos.com/pt-br
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